Quando o inverno chega, o Sul e Sudeste do Brasil costumam registrar temperaturas mais frias do que em outras regiões

Com isso, os casacos pesados, as botas e os cachecóis começam a sair do armário no inverno. Em outros locais do País não faz tanto frio, mas mesmo assim a demanda de ar-condicionado acaba diminuindo.
Para quem ainda não tem o aparelho, a opção é adquirir um modelo Quente/Frio e passar um inverno de forma mais confortável. Afinal ainda restam alguns meses pela frente até o calor voltar.
Com isso, como será que fica o mercado de ar-condicionado com o inverno acontecendo? Veja ponto a ponto a seguir:
Oportunidade para os consumidores
E é justamente no inverno que as lojas começam a baixar os preços, tornando essa a melhor época do ano para adquirir um condicionador de ar. Outra vantagem para quem decide comprar agora é a instalação, pois os instaladores também costumam fazer promoções e têm mais horários livres.
Será? Mas o que os profissionais do setor de ar-condicionado têm a dizer? É tempo de escassez de trabalho para todos? Como vão as agendas que no verão estão sempre lotadas? Será que no inverno essa situação muda em todo o Brasil? Ou será que os bons profissionais não sentem essa queda?
Ouvimos depoimentos de alguns profissionais do setor, de várias partes do país:
“O pessoal prefere deixar tudo para o verão”
Para Rafael Barbosa dos Santos, técnico que atua em Porto Alegre e região metropolitana da capital gaúcha, o período de inverno costuma apresentar queda de clientes. “Caiu em torno de 80% comparado ao verão, sendo otimista”, confessa Rafael, autônomo à frente da RS Climatização.
“No verão quando recebo alguma ligação só consigo horário para semana que vem, por exemplo, então a gente não para e não tem mais agenda”. Explica o instalador, que costuma instalar em média 4 aparelhos por dia e trabalha até no domingo. Hoje, três ou quatro é o número de instalações que faz por semana.
“Fecho cerca de 10 serviços no mês, porque não é toda semana que consigo isso e a maioria é manutenção”. Conta o técnico, explicando que a renda no inverno é salva por contratos que tem com hotel, clube campestre e clientes fixos de revisão.

“Um serviço no mês todo”
O caso de Rafael não é único, pelo contrário, a maioria dos instaladores sofrem com a redução da procura por instalação e manutenção na estação mais fria. André Lechinski, profissional autônomo que atua há 2 anos como técnico conciliando os serviços com outra ocupação, fala o mesmo sobre suas experiências no trabalho.
“Em junho desse ano peguei um serviço só, pois estava uma temperatura boa em Porto Alegre e não precisava de ar nem para o quente nem para o frio”. Justifica o instalador da Lechinski Ar Condicionado, comentando sobre o calor fora de época no Rio Grande do Sul.
“Então posso dizer com certeza que cai bem mais de 50, 60%; é bem significativa mesmo essa queda de serviços”, conta ele que, assim como Rafael. “No verão tinha serviço todos os dias” e executa mais manutenções e desinstalações no inverno.
E para as lojas, qual o impacto do inverno?
Solange Mossmann, Gerente do Portal WebArCondicionado, explica o impacto do inverno nas vendas a partir do comparador de preços de ar-condicionado.
“Na região Sul, por exemplo, o ar-condicionado sofre de uma certa sazonalidade, há uma boa diminuição das vendas neste período, porém essa queda de certa forma se aplica também nas outras regiões do Brasil”, declara a Gerente, trazendo um percentual: “podemos considerar uma queda em torno de 25%”.
Apesar da redução nas vendas em geral, vale lembrar que o ar-condicionado de ciclo reverso tem um desempenho melhor nas conversões nesses meses de frio. “Sempre nessa época do ano a procura por Quente e Frio aumenta consideravelmente, o que significa também um acréscimo nas vendas deste ciclo”, destaca Solange, falando sobre a categoria que resfria e aquece.
Fonte: Web Ar Condicionado